Dispõe sobre a denominação de “ANTONIO MATOS FONTANA”, a uma via pública de nossa cidade, e dá outras providências.
JUSTIFICATIVA:
Antonio Matos Fontana, nascido em 03 de maio de 1942, filho de Eugenia Matos Fontana, costureira e dona-de-casa e Antonio Fontana, 'chofer' de praça (taxista).
Desde tenra idade já iniciou suas atividades artísticas teatrais, atuando em 1959 na peça “O Auto da Compadecida”, como “o Cabra”.
Ainda na adolescência já procurava algum trabalho que lhe proporcionasse um rendimento, iniciando suas atividades vendendo roupas de uma boutique em feira livre na cidade de Votorantim.
Aos dezesseis anos já era professor particular, dando aulas de Matemática em sua casa, para alunos do antigo ginásio. Enquanto fazia o Científico (curso equivalente ao Ensino Médio, voltado para a área de biológicas) também dava aulas de reforço para os alunos que precisassem.
Em 1963 iniciou participação em programas de calouro na TV TUPI, recebendo premiações como cantor. Iniciou atuação teatral em 1960 em “Pluft o fantasminha”.
Em 1968 atua como ator e diretor na peça “Julio Cesar”, peça que lhe conferiu diversas premiações, como o “Troféu Fantoche” dentre elas vários prêmios (melhor ator Pedro Salomão José, melhor ator coadjuvante Alexandre e melhor diretor Antonio Matos Fontana) recebendo o prêmio Governador do Estado de melhor diretor de teatro amador do estado.
Também participou com uma apresentação editada de “Julio Cesar” na competição Cidade x Cidade na TV Tupi no Programa do Silvio Santos, onde foram vitoriosos na competição.
Funda o teatro Fantoche em meados de 1978 com a peça musical inaugural “Sempre” escrita e dirigida por Osorio Teodoro de Moraes, com os atores Antonio Matos Fontana, Jorjão, Miguel Brasil, Ademir Feliziani entre outros).
Nessa época o nome do grupo dele era TESO – Teatro estudantil Sorocaba, também montaram um teatro na Rua Capitão Grandino chamado “Teatro dos três”, onde os três sócios seriam Antonio Matos Fontana, Teodoro Osorio de Moraes e Roberto Gil de Mello.
Segundo Ademir Felizini:
“Antonio Matos Fontana. Um mecenas do teatro sorocabano. Prêmio máximo do teatro amador em 1968. Afasta -se para a vida acadêmica até 1978. Ao regressar, não consegue reunir a nata de atores da fase áurea: Werner, Pellini, Pedro Salomão, Gileno e outros. Resolve dar continuidade com novos atores e cria o TESO- Teatro Sorocaba e dirige "A MANDRÁGORA", de Nicolau Maquiavel. Funda, em 23 de julho de 79, o Teatro Fantoche, com o musical SEMPRE, de Osório Moraes e Fazzio Júnior.
Depois, em 1980, dirigiu "O Deus nos acuda", de Bráulio Pedroso.
Nesse palco vieram, ainda: NA CARREIRA DO DIVINO (de Paulo Betti) e "ESSE OVO É UM GALO", de Lauro César Muniz.
Infelizmente o Fantoche se foi. O mentor também se afastou. Mas as lembranças estão acesas.”
Em 1969 realiza sua Graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina de Sorocaba PUC/SP - CCMB – (1969). Durante a graduação, custeou seus estudos de forma integral como professor de curso noturno, no Colégio Liceu.
Após sua formatura, conclui seu Mestrado (1972) e Doutorado (1975) pela PUC/SP - CCMB - Fac Med Sorocaba nomeada, atualmente, Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS), PUC/SP, FSP, Campus Sorocaba.
Na vida pessoal, conhece sua esposa (também médica e psiquiatra) Maria Cristina Pitta Salum Fontana em 1979, quando, na época, ela era sua aluna. Casam-se em 10 de julho de 1981, logo após a formatura dela formalizada no final de 1980 pela mesma faculdade. Ao longo da vida, ambos psiquiatras, compartilham uma vida cúmplice e feliz, tanto enquanto marido e mulher como sócios na mesma clínica (Clínica Fontana) atuando como psiquiatras.
Em 1982 torna-se Professor Titular do Departamento de Medicina da FCMS, PUC/SP, Campus Sorocaba. Professor e Coordenador das Disciplinas de Psiquiatria e Psicologia Médica (em conjunto, Psiquiatria Integral / Saúde Mental, atualmente) e seus Serviços de Ambulatório e de Hospital-Dia para Alcoolistas. Em 1983 torna-se docente da Sociedade Psicanalítica de Campinas-Instituto de Psicanálise de Campinas e Membro do Corpo Editorial e Revisor da Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba.
É condecorado “Cidadão Emérito” por seus expressivos serviços prestados a Sorocaba em 2003
Lança um livro de sua autoria em 2005, Manual de Clínica em Psiquiatria
Tem dois filhos, Naihma Salum Fontana nascida em 03/12/1984 e Thiago Salum Fontana, nascido em 12/01/1987, ambos médicos.
No seu consultório particular, ajudou mais de 6.000 pacientes ao longo da vida. Até hoje é lembrado pelo seu empenho e dedicação nos casos que acompanhou.
Após falecimento de sua esposa em 16 de abril de 2014, inicia um quadro depressivo, que contribui para sua Demência de Alzheimer, hoje em estado avançado. Em 19 de março de 2016, já viúvo, casou-se com Iraides Arruda Moraes, sua primeira namorada.
Atuações artísticas:
Artes Cênicas / Teatrais
Pluft, o fantasminha
Auto da Compadecida - 1961
Megera Domada – Metalúrgica Nossa Senhora Aparecida
Júlio Cesar
Mandrágora – autor Nicolau Maquiavel
Shows Recreativo – Diretor Pedro Salomão José
Sempre – Autor Osório Teodoro de Moraes
A hora e a vez de um machão – se não me engano Millor Fernandes
O Deus nos acuda – autor Braulio pedroso
Este Ovo é um Galo – autor Lauro Cesar Muniz
Gravou um disco cantando se não me engano Ave Maria de Gounod, só vi esse disco uma vez.
Atuou como cantor amador junto a vários artistas ao longo da vida.
Seu último trabalho foi, junto à esposa Maria Cristina P. S. Fontana, como um dos idealizadores e cantores do grupo “Revivendo a Seresta”, onde vários cantores amadores se reuniam junto à grupo musical para cantar canções antigas.
Livros:
Manual de Clínica em Psiquiatria – Antonio Matos Fontana
Faleceu em 27 de abril de 2020.
É nesse sentido, com muita tristeza e pesar, mas visando prestar uma singela homenagem a um cidadão, que propomos o presente projeto de lei e contamos com a aprovação pelos nobres pares.