Dispõe sobre a denominação de “SEBASTIÃO PEREIRA DE PAULA” a uma área pública de nossa cidade e dá outras providências.

Promulgação: 09/03/2023
Tipo: Lei Ordinária
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JUSTIFICATIVA:


Sebastião Pereira de Paula nasceu em 31 de dezembro de 1914 em Piraúba, Minas Gerais. Filho de Christiano Pereira de Paula e Ottília da Conceição, em 1924, saiu de Minas, com a família, ainda menino para plantar milho, feijão e algodão, em direção a Cerqueira César, estado de São Paulo. Permaneceram alguns anos, morando em várias casas, sendo uma delas a beira do Rio Pardo, onde aprendeu a nadar. 

Foi nessa época que ele começou a se interessar por música, pois alguns conhecidos tocavam violino, viola e violão.  Em 1929, ainda nessa região, muito feliz, realizou um grande sonho e, comprou seu violino. Por volta de 1932, Sebastião e seus irmãos começaram a ter aulas de música com um maestro em Monção, e foi nessa época que descobriu o pistão, e formaram uma bandinha. Aprendeu sozinho a tocar violino. Foi então, convidado para tocar na banda em Bernardino de Campo e, mudou-se para lá, indo trabalhar na prefeitura, permanecendo nessa cidade 1937 e 1938. Em 1939, por necessidade, voltou a Monção junto da família. Depois de um tempo, retornaram a Minas na cidade de Ubá, mudando daí para Sorocaba por ser uma cidade operária, com várias possibilidades de emprego para toda família. Veio sozinho para alugar uma casa e trazer toda família, posteriormente, conseguindo uma na Rua Ipanema.

Trabalhando todos na fábrica Fonseca, logo, foram tocar na Banda Carlos Gomes, onde a maioria dos músicos era da Sorocabana e, foi por intermédio da banda, que foi trabalhar na oficina da Sorocabana.  A cidade sentia-se maravilhada com os concertos. Nessa época, toda a família morava na Souza Moraes, 39.

Sendo católico praticante, ia todos os domingos à Missa, na Igreja Santa Rita, onde começou a participar do coral, tocando seu violino. A dirigente, tendo que mudar-se, passou a Sebastião a direção do coral.

Benedita Eloy Rosa, uma mocinha bem-apanhada, como escreveu em suas memórias, fazia parte desse coral. Em 1942, ficaram noivos, casando-se em 16 de outubro de 1943, marcando o início de uma grande família. Teve dez filhos, morando na Vila Santana até 1977, mudando-se nesse ano, para o Jardim Vera Cruz. Aposentou-se na Sorocabana, regeu o coral da Igreja Santa Rita por vinte anos, foi professor de música de muitos sorocabanos, adotando Sorocaba como sua terra. Tocou pistão em inúmeros carnavais para ajudar no sustento da casa. Tocou violino desde 1977, nas Missas do Convento Santa Clara e ali, ensinou música a inúmeros jovens.  

Aqui, fez inúmeros e grandes amigos, deixando seu grande exemplo para muita gente, sendo, até hoje, lembrado com grande carinho pela maioria deles.

Seus filhos tem um grande amor e muita gratidão a ele, pela maravilhosa educação e pelos cuidados que sempre teve com os mesmos.

Com todo amor e carinho, de todo os seus filhos: Cidinha, Raquel, Geraldo, Zélia, Judith, Regina, Lúcia, Pedro, Irene, Teresinha.

Seu falecimento em 28 de maio de 2010 deixou enlutados e entristecidos não só os familiares, como também amigos. Porém, seus exemplos são legados e eles estarão perpetuados na memória de todos que o conheceram.