Dispõe sobre denominação de “PIRAJÁ DOS SANTOS” a uma via pública de nossa cidade e dá outras providências.

Promulgação: 21/12/2011
Tipo: Lei Ordinária
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JUSTIFICATIVA:

Pirajá dos Santos nasceu no dia 28 de setembro de 1940, na cidade de Sorocaba, filho de Gétulio dos Santos e Maria dos Santos. Foi casado com Darci Ricco dos Santos, com quem teve os filhos Pirajá, Daniel e Berenice. Viveu toda sua experiência de vida alegre em Sorocaba-SP.

Pirajá, ou Pira, como o chamavam foi um homem que teve um caso de amor com a vida. Assim é que, na antevéspera da primavera de 2003, cruzou o Rio da Vida e chegou à terceira margem desse Rio. Na nossa interpretação humana, limitada, diríamos que o Pira partiu cedo, aos 62 anos. No entanto, a intimidade de Deus é para aqueles que O ama. Houve por bem, o Criador, promovê-lo à Primavera Eterna para ter, ao lado de Si, homem bom e compassivo, o mais breve possível, na primavera de 2003. A poesia sacra nos conforta em saber que “pela Margem daquele Rio andam os remidos com o Salvador”. E é lá que o Pira está desde a tarde em que partiu.

Pirajá dos Santos, manso e humilde de coração, era evangélico, cristão de ação, não apenas de palavras frívolas. Agiu em favor de muitos durante a sua vida. Para a sociedade foi sempre uma benção, um exemplo. Durante décadas trabalhou como coletor das ofertas que a população fazia às pessoas desvalidas. Foi cobrador de todas as entidades sociais e beneméritas de Sorocaba. Sempre a bordo de sua bicicleta, seu principal transporte.

Com a genética de uma família de músicos, Pirajá sempre foi um amante e entusiasta da boa música. E não era exclusivista. Compartilhava com todos, o seu bom gosto. Não raras vezes, em nossas casas, na rua, nos abordava com carinho e alegria, e no convidava para um evento musical ali ou acolá.

Jamais proferiu uma palavra desairosa sobre alguém. Limpo de mãos e de coração deixou aos filhos e a nós a dignidade de um verdadeiro Homem de Deus. Sorria de maneira encabulada quando falavam mal deste ou daquele aos seus ouvidos. Sorria, sim sorria e exclamava numa ingenuidade própria das crianças,  a expressão: “Nossa, tá vendo...”, mas não emitia qualquer comentário que fosse, a favor ou contra. Homem imprescindível à humanidade, deixou uma profunda lacuna, impossível de reposição.

Pirajá dos santos partiu, enfim, no dia 21 de setembro de 2003, deixando seu legado de fé, luta, perseverança e bondade. Deixou a todos órfãos de seu amor e carinho.

S/S., 31 de outubro de 2011.

NEUSA MALDONADO SILVEIRA

Vereadora.