Dispõe sobre denominação de “MARIANA DA SILVA MAGALHÃES” ao Palácio da Cidadania e dá outras providências.

Promulgação: 03/10/2018
Tipo: Lei Ordinária
Versão de Impressão

Sorocaba, 10 de setembro de 2 018.

SAJ-DCDAO-PL-EX- 098/2018

Processo nº 27.654/2018

 

Excelentíssimo Senhor Presidente:

Tenho a honra de encaminhar para apreciação de Vossa Excelência e D. Pares, o incluso Projeto de Lei que dispõe sobre denominação de “Mariana da Silva Magalhães” ao Palácio da Cidadania e dá outras providências.

A Sra. Mariana da Silva Magalhães nasceu aos 20 de abril de 1920, em uma família de 14 (catorze) irmãos, na cidade de Pote/Minas Gerais. Casou-se com o Sr. Custódio Alves da Silva, também mineiro, que, na época, exercia a função de lavrador. Mariana, por ser muito companheira, cozinhava e alimentava todos os funcionários de sua fazenda simplesmente para ajudar e acompanhar o marido.

Da feliz união nasceram 12 filhos, os quais a Sra. Mariana, como um pilar à família, cuidava em casa, sempre com bom humor e um sorriso no rosto. Seu marido montou uma mercearia, à qual se dava o nome de “Venda” e onde vendiam secos e molhados, além de minérios e cereais, construindo, dessa forma, uma vida confortável para sua esposa Mariana e seus filhos.

Porém, como o personagem bíblico, Jó, ele acabou perdendo tudo e Mariana nunca reclamou. Sua fé nunca foi abalada. Esteve sempre ao lado do marido, contornando as dificuldades para o bem-estar dos filhos. A história de Jó nos faz pensar no real sentido das palavras “amor”, “prontidão”, “companheirismo” e, principalmente, “fé”: Mariana era uma mulher de muita fé.

A homenageada se viu desfazendo de suas joias e objetos pessoais de valor para manter a estabilidade do lar para os filhos, pois os negócios de seu marido haviam fracassado. Ela, no entanto, sempre manteve o bom humor transmitindo carinho para todos os que estavam ao seu redor. Muito querida por todos, nunca aceitava que falassem mal de uma pessoa em sua presença, afinal, “somos todos filhos de um só Deus”, dizia ela.

Como relata seu filho mais velho, Sebastião Alves da Silva, que testemunhou as vezes em que seu pai Custódio tentava discutir com ela, Mariana sempre esperava o momento de turbulência passar, sem que seus filhos ou qualquer pessoa pudessem dizer algo desagradável sobre seu marido.

Mariana, mulher de fé e perseverança, acompanhou o marido na mudança de Pote, em Minas Gerais, para Douradina, no estado do Paraná, firme na missão de cuidar e educar seus filhos e filhas.

Mais tarde, em 1977, Mariana mudou-se para nossa cidade, mais uma vez acompanhando o marido, onde cuidou e batizou muitos de seus netos e netas. Por esse motivo, era chamada por todos os netos de “Madrinha Mariana”, e com eles era muito carinhosa e zelosa, mesmo depois de ter cumprido a árdua missão de criar seus filhos e filhas.

Por onde morou, deixou milhares de amigos, sempre bem acolhidos em sua casa. Seu falecimento no dia 19 de novembro de 2003, aos 83 (oitenta e três) anos de idade, deixou filhos, filhas, netos, bisnetos e muitos amigos de longa data, consternados, mas deixou principalmente o legado do caráter, humildade e de pessoa do bem.

Diante de todo o exposto, estando a presente propositura plenamente justificada eis que perpetuará a memória da Sra. Mariana da Silva Magalhães, conto com o apoio dessa Casa de Leis, esperando que sejam apreciadas suas razões e fundamentos, sendo o Projeto ao final, transformado em Lei, solicitando que a apreciação do mesmo se dê em REGIME DE URGÊNCIA previsto na Lei Orgânica do Município.

Ao ensejo, aproveito a oportunidade para renovar a Vossa Excelência e Nobres Pares protestos de estima e distinta consideração.