O diretor, dramaturgo e tradutor de vencedores do Prêmio Nobel de Literatura era sorocabano e morreu aos 79 anos em São Paulo
A Câmara Municipal de Sorocaba, por meio de seu presidente, vereador Luís Santos (Republicanos), manifesta profundo pesar pela morte do aclamado diretor, dramaturgo e tradutor sorocabano José Rubens Siqueira, aos 79 anos, em São Paulo. A morte foi anunciada na manhã desta segunda-feira, 17, em seu Instagram. O intelectual sorocabano se tratava de um câncer.
“Em sua trajetória, José Rubens Siqueira contribuiu de forma significativa para cultura brasileira. Além de sua atuação no teatro e no cinema, foi um destacado tradutor de grandes obras da literatura, contribuindo para expandir o acesso de leitores brasileiros a clássicos da literatura mundial”, observa o vereador Luís Santos, presidente da Casa.
Natural de Sorocaba, onde nasceu em 1945, José Rubens Siqueira começou sua carreira no teatro com uma adaptação do livro “O Processo”, de Franz Kafka, encenada no Núcleo 2 do Teatro Arena, em 1962, e com o curta-metragem “Opus 1”, de 1965.
Destacou-se no teatro experimental, acumulando funções como autor, cenógrafo e figurinista e foi professor na Escola de Artes da PUC-São Paulo. No cinema, dirigiu “Amor e Medo”, filme de 1974, com José Wilker e Irene Stefânia, que foi exibido no Festival de Berlim. Na década de 80, também colaborou com o programa infantil “Bambalalão”, da TV Cultura, escrevendo e encenando histórias infantis.
Tradutor do inglês, espanhol, francês e italiano, José Rubens Siqueira publicou mais de 90 livros pela Companhia das Letras, vertendo para o português obras de vencedores do Prêmio Nobel de Literatura, como Toni Morrison, J.M. Coetzee e Kazuo Ishiguro, além de livros de Salman Rushdie, Isaac Bashevis Singer e Hannah Arendt, entre muitos outros.