Francisco França defende passe livre para estudantes em entrevista à TV Câmara

Projeto protocolado pelo parlamentar seria o início para a implantação da tarifa zero no transporte público

Orçamento Impositivo, tarifa zero no transporte público, atendimento de demandas da população e falta de segurança na cidade foram alguns dos temas abordados pelo vereador Francisco França (PT) no programa “Bate-Papo com os Vereadores”, da TV Câmara, conduzido pelo apresentador Carlos Garbo, na manhã desta sexta-feira, 24. 

Uma das bandeiras de seu mandato, o parlamentar reforçou que o movimento pelo passe livre no transporte público, que foi foco de audiência pública na Casa por sua iniciativa, tem avançado em todo o país. “Acredito que isso vá acontecer num espaço curto de tempo. Ficou provado na audiência que é possível fazer, não só em Sorocaba, mas no Brasil todo, seria como o SUS do transporte, pois o transporte é um direito do cidadão”, afirmou. França citou ainda o projeto de sua autoria, protocolado na última semana, que prevê tarifa zero no transporte coletivo urbano para estudantes do Município. “Vamos começar gradativo. Isenta os estudantes, depois isenta a noite e assim vamos adequando o sistema para isso”, afirmou.

Sobre a liberação do corredor do BRT para o trânsito de motos, ocorrida recentemente, o vereador disse que considera “uma decisão equivocada”. “Na época, nós conversamos com o prefeito que refez a portaria e deixou apenas para ultrapassagens e com o compromisso de fiscalização. Só que já tivemos alguns acidentes, inclusive, graves”, lamentou. De acordo com o parlamentar, o sindicato da categoria já notificou a prefeitura e cobra a revogação da portaria. “O BRT foi feito para ônibus andar, não para motoqueiros e Ubers. É exclusivo para o transporte coletivo, senão não teria sentido pagar a futura que foi gasto”, frisou.

Orçamento Impositivo - O parlamentar comentou ainda aprovação do orçamento municipal para o próximo ano, na casa de R$ 5,2 milhões com mais de 700 emendas parlamentares. França lembrou que o chamado orçamento impositivo, que garante aos vereadores uma cota do orçamento para apresentação de emendas, foi criado por lei de sua autoria. “Cada um de nós tem uma quantia “x”, que, no caso do ano que vem são R$ 2,3 milhões, e que a gente pode destinar para onde a gente entende que tem mais necessidade, sendo que pelo menos metade tem que ser para a saúde”, explicou. “Assim a gente consegue atender entidades e outros problemas da cidade, onde o poder público acaba não chegando”, completou. 

França também destacou que, por meio de seu mandato, faz muitas visitas a associações, portas de indústrias, bairros e entidades para manter o contado direto com a população, além do atendimento ao público em seu gabinete. “Isso é uma postura que adotei desde o meu primeiro mandato. Quando a gente precisa de voto, vamos até o eleitor, depois que você ganha vai sumir? Não, aí é que você tem que dar assistência ao nosso povo. Política é manter contato com as pessoas, colhendo as demandas da população”, afirmou.

Em seu quinto mandato, o parlamentar, que é vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região, também foi convidado neste ano a participar da diretoria da CUT (Central Única dos Trabalhadores) de São Paulo. Outros temas abordados durante a entrevista foram a segurança pública, segurança nas escolas, problemas na saúde, necessidade de adaptação das cidades para eventos climáticos estremos e ainda o cenário político nacional, com o governo Lula. Por fim, França fez um balanço do ano, que se encaminha para o fim. “Estamos fechando o ano com boa perspectiva para o próximo ano e com a sensação de dever cumprido”, destacou. 

A entrevista com o vereador Francisco França, transmitida ao vivo pela TV Câmara, já pode ser vista nas redes sociais do Legislativo sorocabano.