16/11/2023 15h35
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Programa da Rádio Câmara recebeu o vereador Silvano Júnior (Republicanos) e o Coordenador de Atenção Básica da Secretaria de Saúde (SES).

O Dia Mundial de Combate ao Diabetes, celebrado em 14 de novembro, por conta da doença que afeta cerca 6% da população do país, de acordo com a pesquisa nacional de saúde do Governo Federal, foi o tema do programa “Comissões em Debate” desta quinta-feira, 16, com a presença do vereador Silvano Junior (Republicanos), membro da Comissão de Saúde do Legislativo, e do dr. Alexandre Ascênsio, Coordenador de Atenção Básica da Secretaria de Saúde (SES).

Silvano Junior, que é diabético, contou que após os 30 anos passou a ter uma vida sedentária, o que começou a afeta a saúde. Ele foi diagnosticado com diabetes após realizar um exame por conta de uma lesão que não cicatrizava.  Hoje ele conta que voltou a realizar caminhadas e o nível da doença diminuiu. “A minha família inteira tem diabetes”, disse o parlamentar.

“Diabetes e uma doença crônico-degenerativa relacionada à debilidade do pâncreas, onde produz insulina. Em menores de 14 anos, é diabetes tipo 1, onde a pessoa não produz insulina e é preciso repor. Já a tipo 2 é aquela que o corpo, por motivos de comportamento, vai desenvolvendo, aí é preciso tomar medicamentos”, contou o médico. Segundo ele, nesse caso é possível reverter o quadro através de hábitos saudáveis, como exemplificou o vereador. Ele informou que o nível de glicemia no organismo entre 100 e 125, significa uma pré-diabetes, enquanto acima de 126 já são considerados diabéticos.

Alexandre Ascêncio contou que a diabetes é assintomática, sendo que somente quando a glicemia está muito elevada que aparecem sintomas como fraqueza, visão turva, perda de peso e muita sede. “São vários sinais que nosso corpo começa a apresentar que, de alguma forma, algo não está indo bem”, disse. Entre as consequências da doença estão dificuldade de cicatrizações, possibilidade de infartos e AVCs (acidente vascular cerebral), cegueira e até mesmo amputações, entre outras ocorrências.

A prevenção, de acordo com o médico, pode ser realizada com a exercícios físicos e alimentação saudável. “Deveríamos comer frutas, verduras e legumes. Se comer corretamente, teremos diabetes na velhice por conta do desgaste natural do pâncreas. Hoje, vemos pessoas com 30, 40 anos”, destacou. Ele informou que em torno de 10% a 20% dos casos tem origem hereditária, sendo 80% a 90% por conta dos hábitos e que há diferenças no metabolismo de homens e mulheres.

O Coordenador de Atenção Básica orientou que as pessoas tenham uma alimentação mais saudável, excluindo as comidas industrializadas. “Tenho que fazer o máximo possível de uso desses alimentos: nozes, castanhas, frutas, legumes e verduras. Se eu fizer o uso dos mais natural possível, vou ganhar anos de vida”, afirmou.

Sobre a prevenção ao diabetes, o médico informou que são realizadas palestras nas unidades básicas de saúde e que, atualmente, são cerca de 29.500 pessoas que realizam controle da doença no município. “Muitos estão em casa em nem sabem que tem diabetes”, alertou. Segundo ele, é necessário realizar nas UBSs um teste simples de glicosímetro para analisar a condição do organismo para prevenir ou iniciar o tratamento, que é gratuito. Ele também orientou que as pessoas façam, no mínimo, uma caminhada como atividade física para prevenir a doença.