01/09/2023 12h15
atualizado em: 01/09/2023 12h03
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A artista, que é também atriz e bailarina, falou sobre sua trajetória profissional no Brasil e no exterior

O programa “Manhã Câmara” desta sexta-feira, 1º de setembro, recebeu a escritora Maria Estela Modena, para falar sobre sua vasta produção artística, incluindo livros acadêmicos e ficcionais publicados e produções de teatro e cinema. No programa da Rádio Câmara, conduzido por Priscilla Radighieri e Marcelo Araújo, Estela, que, além de escritora, é professora, roteirista, atriz e bailarina, percorreu sua trajetória profissional no Brasil e no exterior.

Graduada em letras e mestre em língua portuguesa pela PUC São Paulo, Estela tem mestrado em Cinema, pela Universidade de Sorbonne, em Paris, e participou de festivais internacionais na França, Portugal, Espanha e África do Sul, com suas produções e roteiros, entre as quais o curta documental, “Dia do Índio”. 

A artista lembrou que sua paixão pelas artes nasceu cedo, influenciada pelo avô, um mecânico apaixonado por música clássica. “O primeiro vínculo, a primeira percepção de que a arte é importante na vida da gente foi com meu avô. Mas, eu comecei mesmo foi com o Balleteatro Mônica Minelle, aqui em Sorocaba”, disse. 

Também comentou sobre o processo criativo na escrita, e seu mergulho no universo das letras, tendo sido sua primeira publicação (“Edifício Master: Um Estudo sobre Face”), lançada por meio da Fapesp, fruto de seu mestrado. Destacou ainda que sua primeira experiência com o cinema veio por meio da pesquisa, de forma teórica. 

A entrevistada também reforçou a importância dos programas de incentivo para o fortalecimento da cultura e para os artistas independentes. “Esses programas, como o Proac, a Lei Paulo Gustavo, a Lei Aldir Blanc, foram muito importantes para sustentar a cultura, que é um tipo muito especifico de produção, num mundo capitalista, com um tempo diferente da produção. É, portanto, um processo que requer um suporte e é muito importante a participação do Estado”, frisou. 

A artista comentou ainda sobre sua atuação nos palcos, seja como bailarina ou atriz, além da produção de peças teatrais independentes, incluindo a adaptação de “8 Mulheres”, de Robert Thomas. Atualmente Estela está escrevendo seu primeiro longa-metragem, junto com uma outra roteirista de Santa Catariana. “A partir da conclusão do roteiro, vamos buscar meios de produzir”, disse, lembrando que a indústria do cinema tem muitas áreas e etapas. “Da ideia escrita até a sala de cinema são muitos anos e muito investimento”, completou. 

Estela Modena encerrou deixando um convite para as mulheres sorocabanas, para que participem do projeto “Poesia para Comer”, um encontro mensal para debater arte. A primeira edição será no próximo dia 16 de setembro, às 10 horas, no coworking ZZ Office, no Alto da Boa Vista. A entrevista completa com a artista pode ser vista na íntegra nas redes sociais da Câmara Municipal de Sorocaba.