07/07/2023 11h37
atualizado em: 07/07/2023 11h37
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De autoria do vereador Rodrigo do Treviso (União Brasil), a Lei nº 12.837 foi publicada no Jornal do Município

Fica instituído como Patrimônio Cultural Imaterial da Cidade de Sorocaba o evento sacro-cultural “Romaria de Aparecidinha”. É o que estabelece a Lei nº 12.837, de 3 de julho de 2023, de autoria do vereador Rodrigo do Treviso (União Brasil). A referida romaria é realizada anualmente em 1º de janeiro, para a vinda da imagem de Nossa Senhora Aparecida ao Centro da cidade, no segundo domingo de julho, para o retorno da imagem da Santa ao Bairro de Aparecidinha.

Na justificativa da lei, Rodrigo do Treviso observa que a Romaria de Aparecidinha tem seus primórdios em 1804 (ainda que não fosse de forma contínua), tendo sido mencionada no jornal “O Defensor” no ano de 1852. Segundo a tradição, quando a cidade enfrentava momentos difíceis como seca, pandemia e enchentes, o povo caminhava até Aparecidinha para buscar a santa e pedir sua intercessão e muitos pedidos foram atendidos. Desde então, virou uma tradição a santa passar seis meses no bairro Aparecidinha e seis meses na Catedral Metropolitana.

Em 1897, quando aconteceu o primeiro grande surto de febre amarela em todo o país e que afetou Sorocaba, o Monsenhor João Soares lutou bravamente para ajudar no combate à doença. No final de 1899, durante o segundo grande surto de febre amarela, ele abriu uma unidade de isolamento no ginásio diocesano para ajudar os doentes. Foi neste ano que o monsenhor, então pároco da Matriz de Nossa Senhora da Ponte (Catedral Metropolitana), fixou as datas da Romaria de Aparecidinha. O Monsenhor João Soares, em sua batalha contra a febre amarela, acabou contraindo a doença e morreu em 21 de fevereiro de 1900. Hoje, a romaria reúne em torno de 10 mil peregrinos em 1º de janeiro e cerca de 100 mil em julho.