Convidados falaram sobre os 40 anos da entidade que auxilia crianças com câncer em Sorocaba, bem como sobre a doença.
Os 40 anos de atividade do GPACI (Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil) foram tema do programa Câmara Saúde desta terça-feira, 4, com a participação da presidente do Conselho Administrativo da entidade, Maria Lúcia Neiva de Lima, e o diretor técnico Dr. Gustavo Neves. Os convidados falaram sobre o trabalho desenvolvido nas quatro décadas de atendimento a crianças e adolescentes vítimas de câncer em Sorocaba e 47 cidades da região, além de informações sobre a doença.
Dr. Gustavo Neves destacou que dentre os casos de câncer mais frequentes em crianças, um quarto é a leucemia, que afeta o sangue, seguido de tumores cerebrais, ínguas, tumores em abdômen e câncer em membros ou musculaturas. Segundo o médico, os pais precisam ficar atentos á “persistência e intensificação” dos sintomas nas crianças. “Febre, dores e manchas que persistem são sintomas de câncer, no caso da leucemia”, explicou. Segundo ele, um hemograma pode atestar a situação.
O médico destacou a importância de um diagnóstico precoce e a atenção necessária aos sintomas que podem indicar a doença. “Hoje uma das bandeiras para melhorar as chances de cura é o paciente chegar mais rápido (ao tratamento)”, disse. Ele também falou das terapias disponíveis atualmente para o tratamento dos pacientes.
Maria Lúcia contou sobre as principais conquistas do GPACI em 40 anos de atividade e que, segundo ela, que trabalha há 30 na entidade, foram a cura de inúmeros pacientes. Ela lembrou que a iniciativa de criação da entidade foi de uma mãe que enfrentou a doença do filho e percebeu a necessidade de auxiliar outras famílias. A gestora destacou ainda que o principal desafio do grupo é em relação a recursos. “Se não fossem os apoios que recebemos, como dos vereadores aqui da Câmara, não estaríamos aqui”, disse.
A presidente do GPACI contou que hoje a entidade também realiza a atividade de escuta especializada de crianças vítimas de violência, por conta da capacidade profissional e sigilo com que a entidade atua. “É um trabalho que vem sendo desenvolvido, infelizmente, com bastante frequência”, explicou.
Sobre a manutenção de toda a estrutura e trabalho da entidade, a gestora lembrou que são feitas campanhas rotineiras para buscar recursos. Entre as iniciativas, estão os bazares regulares, a campanha Acelera GPACI (com o sorteio de um veículo ofertado à entidade) e o McDia Feliz, em que todo o valor da venda de sanduíches de uma rede de fast-food em um dia é destinado ao GPACI.
Maria Lúcia destacou que atualmente a maior conquista do GPACI é a capacidade de realizar o transplante de medula. “São poucos hospitais que tem essa unidade, é um serviço muito caro, é tudo muito especializado”, explicou. De acordo com ela, é mais difícil conseguir uma vaga para o procedimento, do que um doador.
A gestora ainda contou sobre o início de sua atuação na entidade e os motivos que fazem ela permanecer até os dias atuais dirigindo o GPACI. Maria Lúcia também falou sobre a possibilidade de pessoas atuarem como voluntárias para ajudar o grupo. “Basta ir ao hospital e preencher um formulário e apresentar disponibilidade”, resumiu. Ao final, foi apresentado o vídeo da campanha institucional sobre a campanha McDia Feliz de 2023, voltada à captação de recursos.