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As escolas municipais de educação básica deverão incluir em seu projeto pedagógico medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying escolar. É o que prevê projeto de lei de autoria do
“O bullying é um fenômeno mundial, despertando o interesse de pesquisadores de vários países, como Estados Unidos, Grã-Bretanha, Portugal e Espanha, entre outros. No Brasil, o fenômeno também preocupa os educadores”, afirma Carlos Cezar, referindo-se a estudo da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia), que, pesquisando onze escolas fluminenses em 2003, constatou que, dos 5.875 alunos de 5ª a 8ª série entrevistados, 40,5% confessaram envolvimento em atos de bullying.
Pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de São Carlos com estudantes de 5ª a 8ª série, realizada em 2006, também mostrou um alto índice de bullying nas escolas, com 49% dos entrevistados relatando envolvimento com bullying nos três meses anteriores à coleta de dados. A referida pesquisa também encontrou indícios de que há associação entre violência doméstica e envolvimento com bullying nas escolas, seja no papel de vítima, seja no de agressor. “Isso mostra a necessidade de fortalecermos a família e envolvê-la no combate ao bullying, o que o nosso projeto também prevê”, enfatiza Carlos Cezar.
O projeto de lei do vereador — que pretende levar sua proposta também para a Assembléia Legislativa, onde toma posse em 15 de março próximo como deputado — estabelece, ainda, que as escolas devem promover palestras e debates sobre o tema, bem como capacitar professores e demais integrantes da equipe técnica pedagógica para lidar com o problema. Prevê, também, a ajuda às vítimas de bullying, para que possam recuperar sua autoestima, além de orientação para os agressores, por meio de pesquisas sobre os fatores que motivaram seu comportamento.