16/12/2010 14h01

Em audiência pública de iniciativa do vereador Helio Godoy (PTB), participantes levantaram dúvidas sobre a implantação de marginais e outros problemas envolvendo a rodovia como acessos e acidentes

 

Por iniciativa do vereador Helio Godoy (PTB), a Câmara Municipal de Sorocaba realizou na manhã desta quinta-feira (16) a segunda audiência pública para discutir questões relacionadas às obras de implantação de marginais na Rodovia Raposo Tavares.

 

Presidida pelo vereador, a audiência reuniu representantes de empresas da região como o Grupo Carrefour, rede de hotéis Íbis e concessionárias. O vereador Francisco Moko Yabiku (PSDB) também acompanhou a reunião, assim como técnicos da Urbes e líderes comunitários. Representando o município vizinho de Votorantim, esteve na audiência o Secretário de Trânsito, Claudinei de Paula Ribeiro.

 

Apesar de oficialmente convidados, os técnicos da Via Oeste (empresa concessionária da rodovia) e da Artesp (Agência de Transporte do Estado) não compareceram.

 

O acesso às marginais para as empresas do entorno da rodovia, obras secundárias e a interdição do viaduto que dá acesso a Sorocaba para a construção das marginais foram alguns dos pontos mais debatidos. Segundo os empresários da região, não foi apresentada alternativa para amenizar o impacto que os empreendimentos vão sofrer com a interrupção do viaduto que deverá durar de quatro a cinco meses.

 

 A falta de transparência, de cuidados técnicos e de compromisso com a população e com os empresários também foi levantada. Inicialmente previstas para março deste ano, as obras devem ser concluídas em 2011.

 

Helio Godoy lembrou que a primeira audiência pública para debater o tema foi realizada em 22 de março quando os representantes dos órgãos públicos anunciaram o recape da Castelinho e a cobrança do contrato de concessão do trecho na Raposo Tavares – que ainda não foi disponibilizado à Prefeitura e a Câmara. “Como a Prefeitura não tem acesso ao contrato? É uma lastima ver que uma concessionária rasga nosso município e a Prefeitura não tem nem mesmo o contrato. A saída é a justiça”, enfatizou o vereador.

 

Ao final, Godoy sugeriu uma reunião entre o prefeito e os empresários para buscar respostas às dúvidas externadas na audiência, além da entrega de um ofício ao novo governador. “Está muito claro que a questão é muito mais impactante do que imaginávamos”, concluiu. O vereador também lamentou a ausência dos órgãos responsáveis e de documentos importantes como o calendário de obras.

 

Prefeituras – Representando o Executivo, Roberto Bataglin, diretor de trânsito da Urbes, lembrou que, como se trata de domínio estadual, o contrato das obras de implantação das marginais – que vão dos quilômetros 95 ao 105 da rodovia –  é entre a Artesp e a ViaOeste. Segundo o diretor, a Prefeitura está solicitando da Secretaria Estadual de Transportes a complementação da obra com 11 pedidos de melhorias. “Enfatizamos as prioridades, mas não devemos ter resposta este ano. Será passado para o próximo governo”, disse. Entre os pedidos estão a extensão das marginais, iniciando no quilômetro 93, no trevo da Uniso (Universidade de Sorocaba), novos viadutos, trevos e ciclovias.

 

O Secretário de Transito de Votorantim afirmou que a cidade vizinha é parceira no que classificou como “protesto democrático, mas incisivo e construtivo”. “A demanda de acesso no 98,5, o trevo da morte, é insustentável sob o ponto de vista viário e não foi contemplado”, pontuou o secretário.