14/12/2010 15h16
 

O encontro foi o terceiro promovido pelo vereador Izídio de Brito Correia (PT), com o objetivo de buscar soluções para o problema

 

A questão do atendimento às vítimas de enchentes em Sorocaba foi tema de reunião realizada na tarde de segunda-feira (13) no plenário da Câmara Municipal, por iniciativa do vereador Izídio de Brito Correia (PT). Participaram do encontro o secretário de Governo e Relações Institucionais, Paulo Mendes; a secretária da Cidadania, Maria José de Lima; o diretor do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), Geraldo Caiuby; o coordenador da Defesa Civil, Roberto Montgomery; Ademir Watanabe, da Secretaria da Saúde; Consuelo Matiello, da Vigilância Epidemiológica; Gilson Gonçalves, subcomandante da Guarda Municipal; o ambientalista Claudio Robles e o presidente da Aeber (Associação dos Empreendedores do Éden e Região), José Bernardo, entre outros.

 

Geraldo Caiuby afirmou que as ações no sentido de evitar enchentes, desenvolvidas pelo Saae, vêm de longa data. E enumerou a construção da bacia de contenção do Abaeté, o monitoramento das bombas, a dragagem dos bancos de areia do Rio Sorocaba e a remoção das famílias das áreas de risco, entre outras ações. No seu entender, a elevação das pistas da Avenida Dom Aguirre foi um sucesso e deve evitar cerca de 90% das inundações. Mas diretor do Saae enfatizou que, mais importante, é evitar poluir o rio. “Retiramos cerca de 12 toneladas de lixo por dia de dentro das galerias”, lamentou.

 

O vereador Benedito Oleriano (PMN) levantou o problema do córrego Itanguá, na divisa entre a Vila Barão e a Nova Esperança, falando do perigo que o córrego representa. “Tem casa pendurada no barranco. Já caiu uma casa no local no ano passado”, afirmou o vereador, cobrando uma ação conjunta de toda a equipe do governo municipal, especialmente da Secretaria da Cidadania, da Defesa Civil e do Saae no sentido de resolver o problema das enchentes. “É preciso que todas as secretarias caminhem juntas”, enfatizou.

 

O vereador Emilio Ruby (PMN) afirmou que Sorocaba precisa de um projeto amplo e de longo prazo contra as inundações. Já o vereador Claudemir Justi (PSDB) abordou com o coordenador da Defesa Civil, Roberto Montgomery, a questão das represas, que sempre são abertas durante o período de chuvas, contribuindo para as inundações. Montgomery explicou que a represa representa um ponto sensível para a defesa civil, enquanto o ambientalista Claudio Robles lembrou que Sorocaba ocupa a parte baixa de uma bacia, correndo o risco de inundações.

 

A secretária Maria José de Lima falou do trabalho de prevenção com as famílias das áreas de risco desenvolvido pela Secretaria de Cidadania e afirmou que sua pasta foi reforçada durante o atual governo: “Tínhamos apenas sete assistentes sociais; hoje, temos 38. Estamos bem melhor equipados na secretaria”. Já Ademir Watanabe, representando a Secretaria de Saúde, falou sobre as ações preventivas de saúde durante as enchentes para evitar risco de contaminação. E o representante da Aeber (Associação dos Empreendedores do Bairro do Éden e Região), José Bernardo, enumerou uma série de problemas ambientais que contribuem para o problema das enchentes e precisam ser abordados preventivamente.

 

Ao final dos trabalhos, o vereador Izídio de Brito (PT) enfatizou que, só neste ano, essa foi a terceira audiência pública promovida por seu mandato para discutir o atendimento às famílias vítimas de enchentes e ressaltou a necessidade de se manter a mobilização e o diálogo dos diversos setores envolvidos com o problema. Para o vereador, somente através desse acompanhamento constante, ouvindo autoridades, especialistas e as próprias famílias, é possível desenvolver ações preventivas eficazes e fiscalizar melhor o trabalho de atendimento às famílias desenvolvido pelo poder público.