01/09/2010 14h54
 

A Câmara sediou nesta quarta-feira, 1, a reunião entre proprietários de agências lotéricas e o gerente de Poder Público da CPFL, Alexandre Hugo de Morais, para discutir o fim do convênio entre a CPFL Piratininga e a Caixa Econômica Federal que suspendeu o recebimento de contas de energia elétrica nas agências lotéricas.

 

Convocada pelo vereador José Francisco Martinez (PSDB), o encontro foi realizado na sala de reuniões do Legislativo com a presença do presidente da Câmara, Marinho Marte (PPS), e dos vereadores Ditão Oleriano (PMN), Claudemir Justi (PSDB) e Rozendo Oliveira (PV).

 

Segundo o gerente, o projeto CPFL Total, que possibilitou o cadastramento de comércios aptos a receber as contas, teve início há cinco anos. Em 18 de agosto houve a suspensão do convênio com a Caixa. “Criamos uma rede própria para atender melhor nossos clientes. O objetivo principal é estar mais próximo da população nos bairros, inclusive fomentando o comércio local”, disse.

 

Martinez defendeu um encaminhamento da questão que vem afetando diretamente a população. “Temos que solicitar o aumento do atendimento e não a diminuição. Permanecer com aquilo que é bom e melhorar sempre”, disse.

 

Ao fim da reunião ficou acertado que o sindicato da categoria irá encaminhar ofício à gerência da CPFL e à superintendência regional da Caixa com a reivindicação dos empresários pela permanência do serviço nas casas lotéricas. O representante da CPFL afirmou que a companhia tem todo o interesse de ter os empresários como parceiros e propôs a implantação do projeto nas  lotéricas. Para isso a Caixa teria que modificar o contrato com os empresários possibilitando a relação direta entre os empresários e a CPFL.

 

Durante o encontro os lotéricos levantaram uma série de pontos negativos no novo sistema adotado, como a falta de segurança nos estabelecimentos conveniados e o despreparo dos funcionários. Para Marinho só o credenciamento não resolve a questão. “A CPFL está descumprindo o Código do Consumidor quanto ao atendimento preferencial”, exemplificou o presidente do Legislativo. 

 

De acordo com Alexandre Hugo de Morais, até a suspensão do convênio, 50% dos clientes efetuavam o pagamento nas lotéricas.

 

Discussão do tema na Câmara - Na sessão ordinária de terça-feira (31), o superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Sandro Vimer Valentini, utilizou a Tribuna Popular para tratar do assunto e afirmou que o fim do convênio foi uma decisão unilateral da CPFL.

 

Na semana passada o representante dos empresários lotéricos, Roberto Alves Junior, também discutiu o assunto na Tribuna Popular. No mesmo dia os vereadores aprovaram requerimento de José Francisco Martinez questionando a companhia Piratininga sobre o cancelamento do convênio que habilitava o recebimento de contas pelas lotéricas.