11/06/2010 16h28
 

Segundo José Crespo (DEM), 45 mil metros cúbicos de biogás do aterro sanitário são desperdiçados diariamente

 

Na média estimada por estudos técnicos, 45 mil metros cúbicos de biogás produzidos pelo aterro sanitário de Sorocaba são desperdiçados todos os dias. Essa informação pode ser extraída da resposta que o prefeito Vitor Lippi deu a um requerimento do vereador José Crespo (DEM).

 

Há cinco anos, a Prefeitura recebeu um estudo do Instituto Interset sobre o aterro sanitário que, estando no final da vida útil, deverá ter suas atividades encerradas em agosto próximo. O trabalho mostrou um quadro estimativo da produção de biogás pelo aterro, de 1988 até hoje. Foram mais de 350 milhões de metros cúbicos no período.

 

Aproveitando aquele estudo, o prefeito mandou um projeto para a Câmara, aprovado e transformado na Lei nº 8.140, de 23 de abril de 2007, autorizando-o a conceder autorização a terceiros para a exploração do biogás produzido pelo lixo. O vereador José Crespo estranha e lamenta que, passados mais de três anos da vigência daquela lei, até agora a Prefeitura não abriu a licitação para conceder a uma empresa o direito de utilizar aquele gás.

 

“Em três anos, com base no mesmo estudo, estima-se que foram desperdiçados 65 milhões de metros cúbicos de biogás gerados no aterro sanitário. Trata-se de um número razoável: cada metro cúbico desse combustível, levando em conta seu poder calorífico e a eficiência média de combustão, equivale a meio litro de gasolina ou diesel e quase um litro de etanol ou um quilo de carvão vegetal” — argumenta o vereador.

 

José Crespo observa que, por ser uma fonte primária de energia, o biogás pode ser utilizado para iluminação de residências e aquecimento de água, além de caldeiras e fornos de uso industrial. “Em São Paulo, o biogás chegou a ser utilizado, experimentalmente, em caminhões de coleta de lixo”, exemplifica. O vereador acrescenta que, ao deixar de ser utilizado, o biogás se torna prejudicial para o meio ambiente, uma vez que é constituído por metano e dióxido de carbono, gases altamente prejudiciais à camada de ozônio.

 

(Assessoria de Imprensa do vereador José Crespo/DEM)