17/03/2010 10h14
 

O diretor da Urbes Roberto Bataglini foi sabatinado pelos vereadores da comissão, presidida por Francisco França (PT).

 

A CPI dos Transportes realizou na tarde desta terça-feira (16), na Câmara Municipal de Sorocaba, a segunda oitiva com diretores da Urbes. Estavam agendados para serem ouvidos os diretores Roberto Bataglini, Gilvana  Bianchini  e Lúcia Graziosi. Apenas Bataglini foi ouvido, uma vez que não houve tempo para serem ouvidos os demais depoentes.

 

Roberto Bataglini teve o depoimento transferido da última oitiva, realizada na terça-feira (9), quando a comissão ouviu apenas Celso Bersi. Funcionário municipal desde 1985, Bataglini, desde 1989, presta serviços a Urbes, exercendo atualmente a função de diretor de trânsito.

 

A intervenção na TCS, a queda de demanda de passageiros e a prestação de serviços de oficina ao sistema foram alguns dos questionamentos dos vereadores durante a oitiva. Carlos Cezar (PSC), relator da CPI, quis saber o que motivou a intervenção na TCS, em julho de 2008. Bataglini informou que a intervenção se deu por problemas financeiros da empresa.

 

Questionamentos técnicos — O vereador José Crespo (DEM) fez uma série de questionamentos técnicos e, diante de algumas perguntas que não puderam ser respondidas, lembrou que, até a última oitiva com os diretores, vai exigir todas as respostas que, porventura, ficarem faltando. Uma das perguntas de Crespo foi a respeito da folha de pagamento da Urbes, que, segundo Bataglini, é integralmente paga pela Prefeitura.

 

Em relação ao repasse de 15,6 milhões de reais da Prefeitura para a Urbes em 2009, que se mantém alto mesmo com a recuperação da demanda (como observou Crespo, lembrando que, em 2003, eram 600 mil reais), Bataglini argumentou que, além do aumento de gratuidades e outras benefícios sociais, o custo do transporte também é onerado com o crescimento físico da cidade.

 

Já o presidente da CPI, Francisco França, havia solicitado cópia do contrato societário entre a Urbes e a Oficina Consultores, que presta serviços à Urbes, devido à suspeita de que diretores da empresa pública fariam parte da prestadora de serviços. O relator Carlos Cesar leu a resposta da Urbes afirmando que não procede a denúncia. Os documentos societários da empresa ainda faltam ser enviados à CPI.

 

Na próxima terça-feira (23), por decisão dos membros da comissão, a CPI dos Transportes vai ouvir apenas a diretora Gilvana Bianchini. “Resolvemos marcar apenas uma oitiva, porque já vimos que não dá tempo de ouvir mais de um”, explica Francisco França.

 

Presidida pelo vereador Francisco França (PT - foto) e tendo como relator Carlos Cezar (PSC), a CPI do Transporte é formada pelos vereadores José Crespo (DEM), Moko Yabiku (PSDB), Izídio de Brito (PT), Luis Santos (PMN) e Antonio Carlos Silvano (PMDB).