Sob o comando do vereador
Presidida pelo vereador
Um das causas da crise do sistema, segundo o diretor de transporte da empresa, foi a queda na demanda de passageiros no transporte público em todo o país, que afetou também Sorocaba. Segundo ele, em 1997, o município tinha uma demanda de cerca de 60 milhões de passageiros, enquanto em 2005, essa demanda caiu para 45 milhões. Já a frota não apresentou a mesma queda, sendo de 520 veículos em 1997 para 414 veículos em 2005. O índice de passageiros por quilômetro rodado (IPK) caiu de 2,26 para 1,80. “Esses fatores levaram à não renovação da frota”, afirmou Bersi.
Funcionário da Urbes desde 1984, Celso Bersi contou que, em 2008, surgiram indícios de que haveria problemas operacionais com a TCS, uma das empresas operadoras do transporte. “O grupo econômico do qual a TCS fazia parte teve problemas em São José dos Campos, onde houve intervenção, por problemas com a Justiça do Trabalho”, observou.
Indagado pelo presidente da CPI, vereador
Avaliação diária — O
O vereador Izídio de Brito (PT) questionou a idade da frota. Segundo Bersi, no transporte coletivo, a utilização de veículos com idade média mais avançada não significa má qualidade do sistema. Já o relator da CPI,
Desequilíbrio econômico — O vereador José Crespo (DEM) formulou uma série de questionamentos ao diretor de Transporte da Urbes e quis saber se o desequilíbrio econômico do sistema está aumentando. Segundo Bersi, há, de fato, um desequilíbrio econômico, que vem se mantendo ao longo dos anos. “Talvez até aumentando, em virtude de alguns benefícios que foram agregados para os usuários, como a integração temporal, as gratuidades e a tarifa diferenciada do final de semana”, acrescentou.
Crespo também indagou se o crescimento da demanda de usuários, verificado nos últimos anos, não compensou as perdas anteriores. O diretor da Urbes afirmou que não, uma vez que, segundo ele, o déficit acumulado de passageiros entre 1997 e 2009 chega a 25%. Já em relação ao caixa único e ao fundo de melhorias do transporte, Crespo quis saber se eles já foram utilizados para finalidades administrativas, como despesa de pessoal. Bersi afirmou que não era de seu conhecimento, salvo a utilização do fundo para a confecção de bilhetes e cartões e a manutenção de terminais.
José Crespo também indagou sobre os repasses da Prefeitura para o fundo, que saltaram de 600 mil reais em 2003 para 15,6 milhões de reais em 2009. Celso Bersi observou que esse aumento (praticamente o dobro em relação a 2008, quando o repasse ficou na casa dos 7 milhões) se deve em parte ao realinhamento de custos e também aos benefícios sociais do sistema, como o serviço de transporte especial, a integração temporal, a gratuidade para os idosos e o Programa Domingão.
Balanço positivo — Crespo indagou, ainda, sobre a diferença de preço quanto ao valor pago pelo combustível às empresas, que, em 2002, chegou a gerar, durante o ano, uma diferença de 351 mil reais. Segundo Bersi, essa diferença pode ocorrer em “em função de oportunidade de negócios de cada operadora e também em função da tecnologia de diesel”. Ainda em função de um questionamento de Crespo, o vereador