Vereadores aprovaram cinco projetos e proposta de mudança nos carnês de cobrança do IPTU foi rejeitada.
O primeiro projeto que entrou em discussão na sessão ordinária desta quinta-feira (4), a segunda do ano na Câmara Municipal de Sorocaba, é de autoria do vereador Irineu Toledo (PRB), que obriga a Prefeitura a fazer constar nos carnês de cobrança do IPTU as parcelas individualizadas do imposto e também das respectivas taxas de serviços. A matéria, aprovada em primeira discussão, recebeu parecer favorável da Comissão de Justiça. Já o prefeito Vitor Lippi (PSDB), que também foi ouvido, posicionou-se contrário ao projeto, alegando que ele pode aumentar os custos de cobrança do IPTU e favorecer a inadimplência.
O autor do projeto defendeu sua aprovação, sob o argumento de que ele beneficia a população de baixa renda. “Os donos de grandes imóveis, que podem pagar advogado, financiam processos na Justiça para não pagar IPTU; já os pobres, que precisam do imóvel para morar, não têm como questionar o tributo”, alegou Irineu Toledo, afirmando que “o trabalhador, o homem de bem, não deixa de pagar, só se estiver desempregado e tiver que optar entre pagar os impostos ou se alimentar”. O parlamentar afirmou que vai solicitar à Prefeitura a lista com o nome das empresas que estão inadimplentes com seus impostos municipais.
O líder do governo na Câmara, Paulo Mendes (PSDB), defendeu o arquivamento do projeto, alegando aumento dos custos com a confecção dos novos carnês e ineficiência no procedimento de cobrança proposto, o que, segundo o entendimento do Executivo, poderia aumentar a inadimplência. “A idéia de vossa excelência não é totalmente equivocada, porém a operacionalidade é inviável”, disse o líder do governo. A proposta foi rejeitada por 15 votos a cinco.
Outro projeto arquivado foi o do vereador José Crespo (DEM), autorizando o município a criar a Corregedoria Municipal, órgão que ficaria diretamente ligado ao gabinete do prefeito e teria sob seu comando dois outros órgãos: a Ouvidoria e a Controladoria municipais. “Este projeto foi inspirado nas Corregedorias Estadual e Federal, mas recebeu adaptação para a nossa realidade”, argumentou o vereador, que pediu a derrubada do parecer de inconstitucionalidade, emitido pela Comissão de Justiça da Casa. O parecer foi acatado por 16 votos e o projeto foi arquivado.
Projetos aprovados — Entre os projetos apreciados em primeira discussão, dois foram aprovados. De autoria do vereador
Também segue para a segunda discussão o projeto de lei do
A Câmara aprovou ainda três projetos de decreto legislativo: um de autoria do
Retirados de pauta — O projeto de lei do
Também foi retirado de pauta projeto do vereador Izídio de Brito (PT) que prevê a realização de plebiscito para que sejam instaladas novas ciclovias no município. O projeto foi considerado inconstitucional pela Comissão de Justiça, e o vereador comunicou que irá apresentar um substitutivo, transformando a proposta do plebiscito em realização de audiências públicas.