Audiência pública comemora Reforma Protestante
Para o vereador Luis Santos (PMN), autor da iniciativa, a Reforma teve um grande impacto religioso e histórico
Por iniciativa do vereador e pastor Luis Santos (PMN), os 492 anos da Reforma Protestante foram comemorados em sessão solene realizada na Câmara Municipal de Sorocaba, no dia 27 de outubro último, sexta-feira. Segundo a tradição histórica, no dia 31 de outubro de 1517, o monge agostiniano Martinho Lutero (1483-1546) afixou nas portas da Catedral de Wittenberg suas 95 teses criticando a doutrina católica, dando inicio à Reforma Protestante.
“A Reforma Protestante mudou a face da Europa e, em decorrência disso, mudou o próprio mundo. Sua importância é inegável não apenas no campo religioso, mas também nos campos político, social, econômico, enfim, em todas as instâncias da vida humana, como mostram sociólogos e historiadores”, afirma Luis Santos, justificando sua iniciativa de realizar a audiência pública, que contou com expressiva participação da comunidade evangélica.
Representando o presidente do Conselho de Pastores, o reverendo Osmar José da Silva, e também o prefeito Vitor Lippi (PSDB), o pastor Luís Alberto Firmino participou do evento. Juntamente com o reverendo Ismael Andrade Leandro, ele falou sobre a Reforma Protestante, assim como o vereador Luis Santos, que abriu a solenidade. Também se apresentaram o Coral Cantores de Sião, além dos cantores Sérgio Saint e Vanderléia Sampaio.
O objetivo principal da realização da Sessão Solene, segundo o vereador Luis Santos, foi promover espaço para a reflexão sobre o posicionamento da Igreja Protestante e suas derivadas quanto aos cinco princípios básicos da Reforma Protestante, baseados
O célebre sociólogo alemão Max Weber (1864-1920) mostrou que a Reforma Protestante está na base do desenvolvimento da sociedade moderna, em sua obra clássica A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Segundo Weber, a Reforma Protestante trouxe a ética para o cotidiano, propondo que o modo de vida mais aceitável por Deus não era o isolamento monástico das coisas do mundo, mas a participação nas questões seculares com base numa vida de fé. Isso, segundo Weber, transformou a história dos países que adotaram o protestantismo, fazendo com que se desenvolvessem, inclusive, economicamente.