21/10/2009 18h47
 

A afirmação é do secretário Milton Palma, durante audiência pública na Câmara Municipal

 

O secretário de Saúde, Milton Palma, foi o terceiro auxiliar do prefeito Vitor Lippi (PSDB) a ser ouvido na quinta e última audiência pública, realizada na Câmara Municipal de Sorocaba, com o objetivo de discutir o orçamento municipal para 2010. A dotação orçamentária da saúde para o próximo ano é de 260,7 milhões de reais, o que representa 28% do orçamento. A pasta ficou com a maior fatia do bolo, acima da Educação.

 

“Nosso maior investimento é com funcionários, que representam 110 milhões de reais no orçamento da pasta. Não se faz saúde sem gente”, afirmou o secretário. O custo da folha de pagamento representa 43,3% da dotação orçamentária para o próximo ano. “Toda a melhoria com a área da saúde em Sorocaba, está sendo feita com recursos próprios, que passaram de 52% para 62%”, enquanto a participação dos repasses do Ministério da Saúde caiu de 48% para 38%”, contabilizou Milton Palma. Ele disse que houve um fortalecimento da Atenção Básica, que é prioridade da pasta.

 

Segundo Milton Palma, estudos mostram que apenas 9% dos problemas de saúde no município decorrem exclusivamente de questões médicas; o restante é resultado de outros fatores, como hábitos inadequados do próprio paciente, que chegam a representar 51% das causas. O secretário citou como exemplo o problema da dengue, cujos mosquitos continuam sido encontrados em várias localidades, em função da falta de medidas preventivas por parte da população. Palma adiantou que o município está trabalhando para implantar em Sorocaba, junto ao Ministério da Saúde, o primeiro Programa de Atenção à Saúde do Homem.

 

Saúde bucal — A vereadora Neusa Maldonado (PSDB) tratou de questões relativas à saúde bucal, pediu o aumento da frota de ambulâncias e também mais uma unidade do Ônibus da Mulher. A vereadora também defendeu a ampliação do atendimento à saúde mental no município, incluindo a dispensação de medicamentos de alto custo. Segundo Milton Palma, o centro de saúde bucal do município deve começar a funcionar na segunda quinzena de novembro, haverá a ampliação da frota de ambulâncias e o horário de atendimento do Ônibus da Mulher também foi ampliado.

 

Entre outras reivindicações, o vereador João Donizeti (PSDB) cobrou melhorias no centro de saúde do Éden, a instalação de um atendimento pré-hospitalar na Zona Norte e a disponibilização de um médico geriatra. O secretário disse que já está havendo avanços na saúde do idoso no município e que está sendo implantando o programa de atendimento de urgência e emergência, segundo ele, bem distribuído em toda a cidade.

 

Já o vereador Geraldo Reis (PV) indagou ao secretário sobre a possibilidade de aumentar o atendimento dos terapeutas ocupacionais no município, que, segundo ele, desenvolvem um bom trabalho na região de Brigadeiro Tobias. Milton Palma disse que está prevista a participação de um terapeuta ocupacional para cada oito grupos do Programa de Saúde da Família. Geraldo Reis também solicitou a implantação de atendimento pré-hospitalar na Zona Oeste e o secretário disse que o centro de saúde da Vila Haro está sendo ampliado.

 

Horas extras — O vereador Izídio de Brito tratou da implantação de unidades de saúde, atendimento do Samu, horas extras e medicamentos de alto custo, entre outras questões. O secretário Milton Palma afirmou que a epidemia da gripe A levou a um aumento expressivo das horas extras e disse que as ações judiciais contra o SUS, para compra de medicamentos de alto custo, podem comprometer o próprio sistema.

 

O vereador Marinho Marte (PPS) disse ter recebido informações de que existem cerca de 2 mil guias de consultas oftalmológicas paradas na Policlínica. Também cobrou a implantação de um local para que a associação dos pacientes ostomizados (que usam bolsas coletoras) possam ser orientados sobre como utilizá-la, trabalho que vem sendo realizado pela associação de ostomizados com muita dificuldade. O secretário disse que está buscando um convênio oftalmológico para resolver os problemas do setor e que também está tentando resolver o problema dos ostomizados.

 

Já o vereador Antônio Carlos Silvano (PMDB) defendeu, entre outras medidas, a implantação da vacina pneumocócica 7-valente na rede municipal e também a implantação de um serviço de ressonância magnética na Policlínica, para evitar que os pacientes sejam encaminhados para São Paulo ou Campinas. O secretário disse que a meta é comprar serviço de ressonância no próprio município, pois, segundo ele, o custo é menor do que montar um serviço próprio.

 

O vereador Rozendo Oliveira (PV) indagou sobre a possibilidade de produzir medicamentos no próprio município. Milton Palma disse que há um estudo para que o município, em parceria com a Uniso, produza, prioritariamente, medicamentos fitoterápicos. Já o vereador Luis Santos (PMN) cobrou a integração entre o Samu e o Corpo de Bombeiros. E também tratou do déficit da Santa Casa. O secretário lamentou a ocorrência de muitas ligações para o Samu que são trotes e disse que o problema da Santa Casa está sendo solucionado.

 

Depois do secretário da Saúde, falaram os secretários José Milton Costa (Segurança Comunitária) e Rodrigo Moreno (Administração), que  enfatizou o fortalecimento do pregão eletrônico como uma das prioridades de sua pasta.