Questionado pelos vereadores, Renato Gianolla também abordou várias questões sobre o trânsito da cidade
O subsídio do município para o sistema de transporte público em Sorocaba fica na casa dos 9 milhões de reais. A informação é do presidente da Urbes, Renato Gianolla (foto), na continuação da quarta audiência pública para discutir o orçamento municipal para 2010, realizada nesta segunda-feira, 19, na Câmara Municipal. Gianolla também informou que o custeio do sistema, previsto no orçamento de 2010, ficará em 13,6 milhões de reais. O presidente da Urbes foi o terceiro auxiliar do prefeito Vitor Lippi (PSDB) a falar na referida audiência pública, que contou antes com as presenças dos secretários Wilson Unterkircher (Obras e Infra-Estrutura) e Edith Di Giorgi (Juventude).
Tanto Jair Molina, dos Transportes, quanto Renato Gianolla, da Urbes, procuraram explicar as especificidades do orçamento da pasta, que ainda não foi oficialmente criada desde a separação da Urbes. “Hoje, cerca de 98% dos recursos da Secretaria de Transportes estão locados na Urbes”, afirmou Gianolla. A dotação orçamentária da Urbes para 2010 é de 30,6 milhões de reais, 13,6% a mais que os 26,9 milhões do ano passado. Desse montante, 29,5 milhões são destinados a custeio e 1 milhão estão reservados para investimentos.
Bicicleta Pública — Um dos projetos que serão desenvolvidos pela Urbes é o Projeto Bicicleta Pública. A dotação orçamentária para essa rubrica é de 500 mil reais, com a previsão, segundo Gianoola, de serem disponibilizadas cerca de 300 bicicletas em aproximadamente 50 estações. “Mas esse é um projeto que merece até uma audiência pública e não vamos entrar em detalhes agora”, observou Gianolla. O presidente da Urbes também disse que estão previstas a construção de áreas de transferência do transporte coletivo e afirmou que o órgão também vai investir em educação de trânsito.
O vereador Rozendo de Oliveira (PV) defendeu a construção de áreas de transferência no Além-Ponte e também de um grande estacionamento na área central da cidade, sendo o transporte nas ruas centrais, de acordo com sua proposta, complementado pelo transporte público. O vereador do PV também questionou a forma de pagamento da empresa de transporte com base no quilômetro rodado e, a exemplo de outros parlamentares, reivindicou melhorias na sinalização de trânsito.
Renato Gianolla defendeu o modelo de pagamento que é feito à empresa de transportes: “Pagar por quilometro rodado é uma vantagem, tanto que esse modelo foi adotado em cidades de todo o Brasil. Ele permite que o poder público tenha controle sobre o sistema, o que não ocorre no modelo de concorrência, em que a empresa, não tendo passageiros, reduz os ônibus das linhas. Gianolla também defendeu o subsídio para o setor de transportes: “Subsídio tem no mundo inteiro, só o Brasil é que prefere tributar”.
Trânsito em pauta — O vereador Luis Santos (PMN) fez várias reivindicações sobre o trânsito na cidade e agradeceu o compromisso do presidente da Urbes no sentido de sinalizar o Jardim Emília. Santos criticou, ainda, as obras da Via Oeste na saída para Votorantim, que, segundo ele, piorou o acesso à Rodovia Raposo Tavares. A vereadora Neusa Maldonado (PSDB), representada pelo jornalista e assessor parlamentar André Canavalle, também fez várias reivindicações, entre elas o pedido de mais ônibus para o bairro Caputera.
Defendendo melhorias na acessibilidade do idoso nos ônibus, com a colocação de escadas especiais nas portas dos veículos, o vereador João Donizeti (PSDB) também defendeu que as áreas de transferências do transporte coletivo sejam usadas ao máximo, como consta do projeto original. O vereador tucano também defendeu a implantação de radares em algumas vias da Zona Industrial, devido à alta velocidade desenvolvida pelos veículos nessas vias. Renato Gianola afirmou que o bairro do Éden deve receber uma área de transferência e disse que a Urbes tem 170 carros novos na garagem com acesso para deficientes e, tão logo seja resolvida a questão da caducidade da licitação, eles serão colocados no sistema.