Vários tópicos estão em pauta, entre eles, lixo tecnológico, coleta seletiva e formas alternativas de processamento do lixo
A Câmara Municipal de Sorocaba realiza, na próxima terça-feira, 29, às 19 horas, audiência pública para discutir a questão do lixo
“Como a questão do lixo é muito complexa, sobretudo num município como Sorocaba, que produz quase 500 toneladas de lixo por dia, a idéia é realizar várias audiências públicas sobre o tema, cada uma enfocando um problema específico”, explica João Donizeti. A audiência — que contará com a participação de autoridades, ambientalistas e cooperativas de reciclagem, entre outros segmentos — também vai servir para analisar os dados já obtidos pelos vereadores nas visitas feitas a dois aterros sanitários que estão entre os cinco melhores do Estado: o de Angatuba (público) e o de Paulínia (privado).
Os dois aterros são considerados de alta qualidade pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). O de Paulínia recebeu nota 9,7 na última avaliação e o de Angatuba recebeu nota 10 nas três últimas. Nas visitas, os vereadores da Comissão de Estudos do Lixo foram praticamente unânimes em reconhecer a qualidade dos dois aterros, mas os estudos sobre o tema não se esgotaram. “Precisamos continuar buscando formas alternativas de processamento do lixo”, enfatiza João Donizeti.
Coleta seletiva — Outro tema que será debatido na audiência pública é a questão da coleta seletiva, que vem merecendo atenção especial por parte dos vereadores. Hoje, somente 2% do lixo produzido em Sorocaba é reciclado, por meio de seis cooperativas, que reclamam da queda dos preços do material reciclável. O tema já foi objetivo de audiência pública, proposta pelo vereador Izídio de Brito, e deve voltar com força na discussão sobre o lixo.
Além dos vereadores João Donizeti, Luis Santos e Izídio de Brito, a Comissão de Estudos do Lixo também é integrada pelos vereadores Geraldo Reis (PV), Anselmo Neto (PP) e Gervino Gonçalves (PR), o Cláudio do Sorocaba I. Na pauta da comissão, têm sido discutidos vários tópicos da questão do lixo como Ecopontos, lixo hospitalar, aterro de inertes e coleta de entulhos. Para João Donizeti, além de ações para remediar os danos ambientais e os impactos na saúde pública causados pelo lixo, é preciso repensar o próprio modelo de consumo da sociedade: “Sem isso, não há sustentabilidade”.