Vereador defende adoção de nova vacina contra meningite

 

Em seu requerimento, Antônio Carlos Silvano (PMDB) lembra que a meningite é tão ou mais mortal que a gripe suína

 

Cerca de 11 crianças morrem diariamente no Brasil em decorrência de meningites pneumocócicas e meningocócicas. Diante desses dados preocupantes, o vereador Antônio Carlos Silvano (PMDB) apresentou requerimento na Câmara Municipal solicitando informações ao prefeito Vitor Lippi (PSDB) sobre o programa de vacinação contra a doença, que, segundo ele, ainda deixa a desejar no plano nacional.

 

“O governo federal ainda não inseriu nos programas de vacinação das crianças a vacina pneumocócica chamada de 7-valente, que protege contra sete tipos de pneumococos e é recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria e pela Organização Mundial de Saúde. Com isso, só o Estado de São Paulo gasta cerca de 4 milhões de reais por ano com o tratamento dessas doenças”, explica Silvano.

 

Em seu requerimento, o vereador cita o pneumologista José Geraldo Leite Ribeiro, da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, defensor da adoção da vacina. Segundo dados citados pelo médico numa entrevista ao Jornal do Brasil em julho do ano passado, mais de 20% das crianças que contraem meningite pneumocócica acabam morrendo e cerca de 40% das que sobrevivem têm seqüelas como perda auditiva, paralisia cerebral e epilepsia.

 

“Segundo os especialistas, o governo federal reluta em incluir essa vacina no seu programa de vacinação devido ao seu alto custo, já que a dose está na casa de 250 reais. Mas como ela salva vidas e evita seqüelas incapacitantes, a economia futura para o SUS seria muito maior do que esse gasto inicial”, argumenta Silvano, que solicita informações sobre a freqüência com que a rede municipal de saúde promove vacinações contra os tipos de pneumococos que causam pneumonia, meningite, otite, bacteremia e sinusite.