Considerado pelo MEC um dos pilares da democracia, jornalismo pode sair da grade de Comunicação Social
A vereadora Neusa Maldonado (PSDB), se manifestou veementemente a favor da obrigatoriedade do diploma para exercício da profissão de jornalista, durante a sessão ordinária de ontem, no plenário da Câmara. Outros 16 vereadores votaram a favor da moção de repúdio contra a decisão do STF, que extinguiu a necessidade de ser diplomado para atuar como jornalista. Somente três vereadores se manifestaram favoráveis à queda da necessidade do diploma.
“Estamos em um tempo em que buscamos a valorização dos profissionais, e, para isso, precisamos regulamentar as áreas de trabalho. A decisão do STF abre a possibilidade para desregulamentar outras profissões também. A queda da necessidade de diploma para atuar como jornalista é um regresso”, afirmou na ocasião. Como educadora e profissional da área da educação, a vereadora fez questão de frisar a necessidade do reconhecimento da profissão, comparando-a com a dos pedagogos. “Tem gente que pensa que ensinar o ABC é simples, singelo até. Não, não é. O profissional precisa ter sensibilidade, pedagogia. Precisa ser preparado para isso. Com o jornalista não é diferente”, finaliza.
Recentemente, o MEC sugeriu ao Conselho Nacional de Educação, que o jornalismo seja desmembrado da área de comunicação social e torne-se uma graduação autônoma. A atitude se baseia na visão do Ministério de que o jornalismo, juntamente com a Pedagogia, o Direito e a Medicina, são as quatro posições fundamentais para a democracia do país.
No segundo semestre de 2008, pesquisa de opinião realizada pela Fenaj/Sensus demonstrou que 74,3% dos entrevistados em território nacional, em um universo de duas mil pessoas, são a favor da obrigatoriedade do diploma, contra 13,9% contrários.
Assessoria Gabinete