Em atenção ao ofício do vereador Hélio Godoy (PSDB) encaminhado à Saúde, o secretário da pasta, Dr. Milton Palma, acompanhado do médico da Vigilância Epidemiológica, Dr. Pedro Borges, esteve na Câmara na sessão desta terça-feira (14) para falar sobre a gripe suína - Influenza A (H1N1).
O secretário de saúde foi taxativo. “Não há motivo para pânico, os casos brasileiros são de moderados a leves e a mortalidade praticamente a mesma causada pelo vírus influenza da gripe comum”, afirmou. Palma lembrou algumas medidas que evitam a transmissão - normalmente por secreções expelidas através de tosse e espirro - como lavar as mãos constantemente e evitar locais fechados, sem ventilação.
No documento enviado ao secretário, Godoy destaca a preocupação do Legislativo e da população de Sorocaba com os crescentes casos da doença no país e solicita do secretário informações sobre as providências tomadas pela administração sobre as possíveis entradas do vírus na cidade, como através da rodoviária.
“Vimos várias notícias nos jornais, até de um paciente de Sorocaba que poderia ter levado a gripe suína a um município vizinho”, disse o vereador. “O que o poder público tem feito nesse sentido? É o que esta Casa e a sociedade querem saber. Esperamos que o poder público esteja muito atento”, questionou.
O Dr. Pedro Borges, fez uma apresentação informal das medidas adotas pela Vigilância Sanitária. O médico informou que o município, assim como todo o país, segue as recomendações do Ministério da Saúde, através do programa brasileiro de enfrentamento da doença. “Sorocaba tem q atender o protocolo ministerial”, disse.
Sobre as portas de entrada do vírus, Borges lembrou que a ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária), em parceria com outros órgãos oficiais, repassam as informações para portos, aeroportos, rodoviárias e áreas de fronteira, através de um sistema oficial de comunicação para todo o país. Com relação ao questionamento do vereador, o médico destacou que a Agencia Nacional de Transportes Terrestres é responsável pelo controle rodoviário.
“Ainda não temos uma doença sustentada, passando de pessoa a pessoa, a transmissão é normalmente importada, com poucos casos autóctones. Não podemos intervir no direito de ir e vir das pessoas”, esclareceu o médico, completando que barreiras sanitárias e terrestres são medidas para caso de agravamento do quadro.
Segundo as informações repassadas pelos representantes da secretaria de saúde, existem cinco casos confirmados da doença na cidade, sendo todos importados de países como Argentina, e 15 pessoas em monitoramento – na maioria após contato com a pessoa reconhecidamente doente.
O Dr. Pedro Borges concluiu dizendo que Sorocaba está pronta para o enfrentamento da doença e que as unidades hospitalares e de saúde estão treinadas para reconhecer e encaminhar os casos. O conjunto hospitalar do município é referência para as cidades da região. O médico deixou o telefone da Vigilância Epidemiológica para caso de dúvidas: 3229.7300.