13/07/2009 12h00
 

A Sessão da Câmara da última terça-feira (08) recebeu a visita do grupo responsável pelo andor da tradicional Romaria de Aparecidinha há mais de 50 anos, para convidar os presentes a participarem da romaria que aconteceu no domingo, dia 12 de julho.

Em 2005, o, até então, pároco e reitor da Paróquia Santuário de Aparecidinha, Padre Marcos entregou ao vereador Hélio Godoy (PSDB) um relatório com a história da romaria que, em 2007, teve sua realização oficializada no calendário do município, através da Lei nº 8.178/2007 (citada abaixo), aprovada pelo vereador Godoy, dando maior apoio e estrutura aos romeiros, por parte da Prefeitura, como banheiros químicos, aparelhagem de som e palco, além da manutenção e revitalização da Praça “Padre João Santucci”, local onde se concentram os romeiros.

Os “Guardiões do Andor”, grupo responsável por realizar o translado do andor desde a Catedral, passando por hospitais e outros pontos, até o Santuário de Aparecidinha, recebeu de Godoy camisetas para que sejam identificados mais facilmente em meio à romaria.

Na última semana, Godoy esteve em reunião com o Padre José Antônio, atual pároco do Santuário de Aparecidinha, para verificar os últimos detalhes da romaria do domingo.

Um pouco da história da Romaria:

Até o século XVII, o comércio de índios era a principal fonte de renda dos habitantes de Sorocaba, que foi substituída por outra atividade ligada ao comércio; as feiras de muares. A primeira tropa passou por Sorocaba no ano de 1733, conduzida pelo Coronel gaúcho Cristóvão Pereira de Abreu, um dos fundadores do Rio Grande do Sul.

Sorocaba com o passar dos anos, devido a sua posição estratégica, tornou-se marco obrigatório para os Tropeiros, eixo econômico entre o Norte, o Nordeste e o Sul. A cidade, com o fluxo de tropeiros, ganhou uma Feira de Muares, onde brasileiros de todos os Estados reuniam-se para comprar e vender animais.

Uma imagem de Nossa Senhora foi trazida e deixada em 1782 por tropeiros que iam para o sul comercializar seus muares. Primeiramente foi deixada num nicho sobre uma pequena árvore que ficava nas imediações do atual cemitério, onde tudo começou e onde está instalado o Novo Santuário.

Todos os tropeiros que por ali passavam, faziam suas orações (pedidos e agradecimentos) a Nossa Senhora para suas viagens. A vila passou então, a chamar-se Aparecidinha.

O bairro Aparecidinha surgiu de um arraial ao longo do córrego Piragibú. A atual Aparecidinha, na época era Piragibú do meio.

Em 1785 Antônio José da Silva homem muito religioso vindo de Minas Gerais construiu a Capela de Nossa Senhora Aparecida de taipa de pilão.

A devoção popular da Romaria de Aparecidinha já era freqüente desde o século XVIII quando um terrível surto de febre amarela abateu a população sorocabana. O povo devoto de Nossa Senhora fazia seus pedidos e acreditavam que a procura por Nossa Senhora Aparecida traria a cura da doença. Com isso criou-se o costume de transportar a Santa, feita em barro, no Século XVIII, até a cidade para abençoar o povo.

Com o relato de muitas curas e milagres, criou-se o costume de transportá-la sempre em momentos de epidemias, secas e enchentes. A primeira menção em jornais sobre a Romaria que já era tradicional dá-se em 1852 (conforme Jornal Vésper, janeiro de 1949, Sorocaba, matéria de Aluízio de Almeida sobre Nossa Senhora Aparecida de Sorocaba).

Mas foi somente em 1889 que a Romaria se tornou oficializada nas duas grandes datas. Naquele ano, Monsenhor João Soares então Pároco da Matriz Nossa Senhora da Ponte (atual Catedral) fixou duas datas para a Romaria: 01 de janeiro para vinda da Imagem da Santa para a cidade e o 2º domingo de julho para o retorno da Imagem da Santa a Aparecidinha.

Em julho de 2006 e em 1º de janeiro de 2007 participaram da Romaria cerca de 100 mil e 15 mil fiéis respectivamente.

Os romeiros venceram a pé os 15 quilômetros que separam o santuário de Nossa Senhora Aparecida da Catedral Metropolitana na vinda da imagem da Santa e novamente da Catedral ao Santuário na ida da imagem.

A imagem de Nossa Senhora ficar em um nicho especial na Catedral até o 2º. Domingo de julho, quando será levada, em romaria, de volta ao santuário, em Aparecidinha.

Foto: Romeiros posam para foto com vereadores

(Texto e foto: Assessoria Gabinete)