12/02/2009 12h00
 

O vereador Antonio Carlos Silvano, o Tonão Silvano, quer informações do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) sobre a manutenção e aferição de hidrômetros nos imóveis de Sorocaba. Atualmente, técnicos avaliam a situação do aparelho e, quando constatam que o mesmo está quebrado, aplicam multa.

 

Tonão questiona a forma como o SAAE realiza a inspeção. Pode-se estar cometendo uma injustiça com o consumidor considerando que além das danificações fraudulentas, são diversas as causas para o mau funcionamento dos hidrômetros como desgaste, defeitos de fabricação e problemas técnicos. “Essa forma injusta de manutenção, segundo nos parece, está se tornando regra”, lamenta Tonão.      

 

O trabalho de manutenção de hidrômetros é divido em corretivo e preventivo. O primeiro corresponde à substituição de aparelhos com problemas de apuração do volume de água, como vazamentos, que estejam parados, danificados ou com vidro embaçado. A manutenção preventiva tem como alvo os hidrômetros antigos ou defasados.

 

O vereador destaca em seu requerimento que a identificação de problemas técnicos e fraudulentos exige conhecimentos específicos do funcionário. “Para o cidadão honesto, mais constrangedor do que a multa é passar por fraudador do serviço público. E isso vem ocorrendo com certa frequência. Mesmo porque muitos hidrômetros estão instalados há mais de cinco anos”, justifica Tonão.

 

Segundo o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) - portaria 246, de 17 de outubro de 2000 - os equipamentos devem ser trocados em intervalos não superiores a cinco anos.  

 

O parlamentar pede informações à Prefeitura sobre a qualificação dos funcionários do SAAE encarregados do serviço e quais as empresas que fornecem os aparelhos. Tonão quer saber também qual a porcentagem de hidrômetros apresentam defeitos de fabricação e quantos são violados pelo consumidor, além do número de manutenções realizadas no mês.

 

A medição de água controlada por hidrômetros foi instituída na cidade em 1971. Na época a conta de consumo incluía a taxa de manutenção do equipamento, que deixou de ser cobrada após ser considerada ilegal pelo Ministério Público.