Dispõe sobre a concessão da Medalha do Mérito Esportivo ‘Newton Corrêa da Costa Júnior (Campineiro)’, e dá outras providências.

Promulgação: 28/09/2021
Tipo: Decreto Legislativo

JUSTIFICATIVA:


Uma vida dedicada ao judô. Aos 73 anos, o sensei Antônio Rizzardo Rodrigues segue em plena atividade desde 1963, quando teve o primeiro contato com o esporte através de um amigo. Desde então, o tatame e o quimono são seus companheiros.

Em 15 de janeiro de 1975, Toninho, como é conhecido na cidade, fundou a Associação Desportiva Bandeirantes de Sorocaba ao lado de Wilson Unterkircher, José Mauad, Roldão Mello, Valério Gozzano e Alir de Biaggi. Nesses 46 anos, o professor já ensinou a arte marcial japonesa a cerca de 6 mil crianças, adolescentes e adultos. 

Uma das principais características do esporte é a disciplina. Sem ela, conseguir os objetivos é improvável. Um ensinamento que se leva para a vida. E um dos principais pontos que poderá contribuir na formação das crianças. 

Por anos, a Bandeirantes foi a representante de Sorocaba nos Jogos Regionais e Jogos Abertos, com diversos títulos nas duas principais competições do Estado. Porém, a missão da academia vai além das medalhas e dos troféus. “O judô desempenha um papel importante como instrumento de lapidar e formar o caráter moral do ser humano. A atitude moral autêntica adquirida através do treinamento induz à humildade social, perseverança, tolerância, coragem e cortesia”, aponta Toninho na entrevista concedida ao jornal Cruzeiro do Sul neste ano de 2021.

Ao longo dos anos, o professor Toninho formou 68 faixas pretas. Judocas que tiveram a iniciação esportiva aos cinco anos de idade. Tiveram a oportunidade de disputar torneios regionais e estaduais. Mas a real intenção é na formação do cidadão. Com diversos projetos sociais, a Academia Bandeirantes e o sensei já atenderam mais de 5 mil crianças de Sorocaba e Votorantim. Oportunizar os menores através do esporte, ensinar o judô e os seus valores. A descoberta de um talento será a consequência.

“O esporte social é muito mais importante do que o esporte competitivo. É através dele que vêm os talentos. No judô, nós temos dois exemplos. A campeã olímpica em Londres, Sarah Menezes, e a Rafaela Silva, que foi campeã olímpica no Rio de Janeiro”, afirmou o homenageado ao jornal sorocabano. Ambas surgiram em ações sociais. Sarah, a primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha de ouro no judô, foi descoberta em um projeto em Teresina, no Piauí. Rafaela surgiu no Instituto Reação, no Rio de Janeiro (RJ).

Cumprindo os ensinamentos de Jigoro Kano, o criador do judô, o sensei Toninho segue em sua missão de promover a filosofia do esporte. E mesmo já septuagenário, ministra suas aulas, de segunda à sexta, das 18h30 às 22h, desde 1975.

Assim sendo, solicito o apoio dos pares para a outorga desta honraria.