Dispõe sobre denominação de “JOSÉ LIMA DUARTE” a uma via pública de nossa cidade e dá outras providências.

Promulgação: 04/12/2013
Tipo: Lei Ordinária

JUSTIFICATIVA:

JOSÉ LIMA DUARTE, brasileiro, nascido na cidade de Paranapanema, em 23 de novembro de 1927, filho de Teófilo Brizola Duarte e Zulmira Lima Duarte.

Começou a trabalhar logo cedo. Aos 10 (dez) anos de idade já levantava de madrugada para ajudar a mãe, “Dona” Zulmira, a fazer pães que então vendiam em um pequeno comércio, de propriedade da família.  Depois, foi aprendiz de barbeiro numa barbearia da Praça Central de Paranapanema. Morou em Itaí e, mais tarde, mudou-se para Itapetininga, onde serviu o Exército.

Terminando o serviço militar, era um rapaz de 20 anos de idade e foi trabalhar como barbeiro. Já nessa época, tinha uma grande curiosidade pela fotografia. Fez as suas primeiras imagens como amador, usando câmeras simples, de mínimos recursos. Fotografava seus passeios, os amigos e a família.

Levava os seus filmes para revelar e, da amizade que fez com o fotógrafo, tornou-se aprendiz no estúdio fotográfico. Meses depois, tornou-se empregado nesse mesmo estúdio e lá desenvolveu sua habilidade, conhecimento técnico e sua criatividade.

Em julho de 1951, casou-se com Auta Therezinha Negrão, com quem teve três filhos: Francisco, Teófilo e Fernando.

Poucos anos mais tarde, JOSÉ LIMA DUARTE abriu seu próprio estúdio em Itapetininga. Atuou naquela cidade até dezembro de 1968. Estava com 41 anos de idade quando resolveu mudar-se para Sorocaba com sua esposa e filhos.

Estabeleceu-se em Sorocaba com uma loja de fotografias à Rua da Penha. Escolheu para essa loja o nome de “Foto Lima Duarte” e, a partir daí, ficou conhecido pelos clientes e vizinhos por “Seo” Lima.

Em Sorocaba fincou raízes. Comprou seu primeiro automóvel, construiu uma confortável casa, fez uma grande clientela. Ao lado da esposa e dos filhos, pode sentir o sabor agradável do progresso.

JOSÉ LIMA DUARTE viu seus filhos crescerem, se casarem e “está vendo” a chegada dos netos e bisneto. Hoje, a família do “Seo” Lima está mais bonita, com as noras Cristina e Maria Beatriz; os netos Ismênia Cristina, Lucas e Nicolas e, a bisneta Lorena.

O que poucos sabem é que o “Seo” Lima, além de fotógrafo, era músico. Lá na juventude, tocava piston, que também é chamado de trompete. Chegou a tocar em orquestra que animava os bailes do Clube Recreativo de Itapetininga. Tempo dos anos dourados, de Glen Miller e tantas Big Bands. Depois trocou o piston por um saxofone. O hobby da música o levou a tocar na missa da Igreja Santa Rita. Posteriormente, só tocava em casa, inclusive com violino e telado.

Na manhã da sexta-feira, de 10 de junho de 2011, faleceu o fotógrafo LIMA DUARTE, um dos mais tradicionais de Sorocaba e Região, deixando atrás de si uma vida de trabalho, retidão de caráter e um exemplo a ser seguido como chefe de família: marido presente, pai amoroso, avô carinhoso e amigo dos amigos. Um orgulho para todos os seus!

Esta é a modesta biografia de um homem que deu grande parte de sua vida ao engrandecimento desta terra que tanto amou e onde dorme seu sono eterno.