17/05/2022 10h47
atualizado em: 17/05/2022 10h47
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Na entrevista ao “Jornal da Câmara”, o vereador também falou sobre a contração de aprendizes pelas empresas, entre outros assuntos

O atendimento jurídico gratuito por meio de convênio entre a Prefeitura de Sorocaba e a OAB, a instituição de selo que estimula a contratação de aprendizes pelas empresas e a instituição do Museu da Tecelagem foram algumas das questões abordadas pelo vereador Luis Santos (Republicanos) em entrevista ao “Jornal da Câmara”, da Rádio Câmara, na manhã desta terça-feira, 17, antes da sessão ordinária. Na entrevista conduzida por Priscilla Radighieri e Lincoln Salazar, o vereador também falou sobre livros inadequados para crianças, que, no seu entender, são fruto de um ataque ideológico organizado aos valores estabelecidos.

Luis Santos explicou o Projeto de Decreto Legislativo nº 35/2022, de sua autoria, que cria o “Selo Desenvolve Sorocaba” a ser conferido a empresas de médio e grande portes que contratarem jovens aprendizes, com idade entre 14 e 18 anos incompletos. O vereador destacou que a proposta – que está na pauta, em primeira discussão, na sessão desta terça-feira, 17 – tem como objetivo estimular a oferta do primeiro emprego para os jovens aprendizes, contemplando com o selo as empresas que contratarem, no mínimo, dois jovens. Em contrapartida, elas poderão divulgar que possuem o selo. 

Concilia Sorocaba – O vereador também ressaltou a importância do convênio firmado entre a Prefeitura de Sorocaba e a OAB para oferta de atendimento jurídico gratuito para a população, no âmbito do Programa Concilia Sorocaba, um programa que, conforme salienta o vereador, resultou de uma luta que vinha empreendendo desde 2017, quando apresentou projeto de lei nesse sentido, encampado pela atual administração. “A ideia do meu projeto, felizmente posto em prática pela atual gestão, é evitar as ações judiciais, que têm um alto custo para o município. A expectativa era que esse projeto resultasse numa economia de R$ 1 milhão de reais por mês, mas, pelos cálculos que vimos na última audiência pública, ele está gerando uma economia de mais de R$ 3 milhões. Com essa economia, foi possível fazer o convênio com a OAB”, afirma.

Outra preocupação de Luis Santos é com as crianças que vendem produtos nos semáforos da cidade. “O trabalho das crianças nos semáforos voltou. As balas que elas vendem são oferecidas em caixinhas com uma frase motivacional. Isso mostra que há uma estrutura organizada por trás dessa exploração do trabalho infantil”, afirma, lembrando que encaminhou requerimento ao Executivo, solicitando que seja intensificada a fiscalização para coibir o trabalho infantil.

Livros inadequados – A questão dos livros infantis inadequados para as crianças também foi objeto de análise do vereador Luis Santos, para quem o problema decorre de uma ação ideologicamente organizada. “Isso é o resultado de toda uma ação organizada por ideologias cujo objetivo é destruir o conceito de família”, afirma, citando o caso de um livro infantil que conta a história de dois irmãos que, andando pelo campo, são sugados por um arco-íris e, ao saírem do outro lado, tinham mudado de sexo: o menino vira menina e a menina vira menino. Para o vereador, esse tipo de narrativa tem como objetivo gerar confusão e desconstruir os valores, através do ataque a Deus, à religião e à família. “Essa é a fonte do descompromisso com tudo aquilo que entendemos como base para uma sociedade organizada, como respeito, disciplina, limites, autoridade. Prova disso é que nunca os professores foram tão agredidos como estão sendo hoje. Já não se respeita o professor, como no meu tempo de estudante”, alerta.

Luis Santos também discorreu sobre as audiências públicas que estão discutindo a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2023, defendeu a implantação do Museu da Tecelagem na antiga Fábrica Santa Maria, comemorou a implantação do “Ônibus Rural” (dotado de pneus especiais, que possibilitam o tráfego em vias de difícil acesso do município), que havia solicitado à Urbes, e também comentou a homenagem que fez à munícipe Neusa Carvalho, uma das pioneiras do Jardim Novo Horizonte. “Foi extremamente tocante conceder o Título de Cidadão Sorocabana para dona Neusa, que fez um trabalho pioneiro e quase anônimo no bairro onde mora”, destacou na entrevista, que está disponível nas redes sociais da Câmara Municipal.